Nome
complicado mesmo, mas bastante conhecido nas escolas.
Dislexia
é uma dificuldade de aprendizagem que complica a capacidade de ler e escrever.
É um distúrbio neurológico, de transmissão genética. A criança diagnosticada
com dislexia tem capacidade intelectual normal ou acima da média, mas não
consegue adquirir as ou desempenhar de forma satisfatórias as habilidades de
leitura e escrita.O DSM IV classifica dislexia como um comprometimento
acentuado no desenvolvimento das habilidades de reconhecimento das
palavras e compreensão da leitura.
Segundo
a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de 0,5% a 17% da
população mundial, se tornando evidente por volta dos 6 ou 7 anos e pode
persistir na vida adulta. Estudos feitos no Brasil, em 2004 encontraram
prevalência da dislexia de 12,1% nas 4 escolas particulares avaliadas, sem ser
encontrada uma prevalência maior em meninos ou meninas, porém, 100% dos meninos
que recebem o gene desenvolverão a dificuldade, conquanto que 65 % das meninas
que recebem o gene desenvolverão a dislexia.
A
leitura no disléxico se apresenta de forma lentificada, com omissões,
distorções e substituições de palavras. A compreensão do que foi lido também é
afetada.
Os
sintomas variarão de acordo com o grau do transtorno, mas geralmente apresentam
as seguintes dificuldades:
1)de
entendimento do texto escrito;
2)para
ler, escrever e soletrar.
3)
para de identificar fonemas, associá-los às letras e reconhecer rimas e
aliterações;
4)
para decorar a tabuada, reconhecer símbolos e conceitos matemáticos
(discalculia);
5)
ortográficas: troca de letras (p/q, b/d, letras com sons semelhantes b/p, d/t,
g/j), inversão (par/pra, alta/lata), omissão (cavalo/caalo) ou acréscimo de
letras (bela/berla), repetição de sílabas ou palavras (bolo de chococolate) e
sílabas (disgrafia);
6)fragmentação
(querojo garbola/ quero jogar bola);
7)
de organização temporal e espacial e coordenação motora.
O
diagnóstico é feito por equipe multidisciplinar composta de neurologistas,
psicólogos, fonoaudiólogos entre outros, inicialmente descartando-se problemas
de visão e de audição.
O
tratamento se dá pela reeducação da linguagem escrita, com acompanhamento feito
principalmente por psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo. Pais escola e
criança são orientados durante o processo. Com o devido acompanhamento e de
acordo com seu grau de dificuldade o disléxico pode chegar a universidade se
quiser, porém, pode precisar de maior empenho ao estudar.
Atualmente
muitos pais tem pressa que as crianças adquiram logo a capacidade de leitura e
escrita, mas tudo tem seu tempo, maturação e suporte escolar necessário.
Obviamente que ao aprender ler e escrever todas as crianças cometem erros que
são plenamente esperados. Os pais e a escola devem acompanhar de perto este
processo e em caso de dúvida procurar o auxílio de um especialista.
TEXTO
FORNECIDO PELA NOSSA COLABORADORA VIVIAN CAMILA
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