quarta-feira, 24 de agosto de 2016

DICAS PARA LIDAR COM CRIANÇAS TRANSTORNO DESAFIADOR OPOSITIVO



Birra e crises de mau humor são comuns em crianças de todas as idades, mas há casos em que a desobediência ganha contornos severos. O pequeno passa a apresentar dificuldades no controle do temperamento e das emoções, tornando-se teimoso e resistente a ordens. Em outras palavras, parece testar os limites dos pais a todo instante. Se essa descrição lembrou alguma criança que você conhece, saiba que ela pode estar sofrendo do transtorno desafiador opositivo (TDO).


“As principais características são a perda frequente da paciência, discussões com adultos, desafio, recusa em obedecer a solicitações ou regras, perturbação e implicância com aspessoas, podendo responsabilizá-las por seus erros ou mau comportamento. Ele se aborrececom facilidade e comumente se apresenta enraivecido, agressivo, irritado, ressentido, mostrando-se com rancor e com ideias de vingança”, resume Gustavo Teixeira, psiquiatra da infância e adolescência e autor do livro “O Reizinho da Casa — Manual para Pais de Crianças Opositivas, Desafiadoras e Desobedientes” (Best Seller).



Relações abaladas
Dados estatísticos revelam que 2% a 16% das crianças em idade escolar apresentam o TDO. O transtorno ainda é duas vezes mais frequente entre meninos, e os sintomas iniciais ocorrem entre os seis e oito anos de idade. Mas como diferenciar o transtorno de um caso corriqueiro de mau comportamento? “No caso de crianças com idade abaixo de cinco anos, o comportamento deve ocorrer na maioria dos dias durante um período mínimo de seis meses. Em crianças com cinco anos ou mais, deve ocorrer pelo menos umavez por semana durante no mínimo seis meses”, esclarece Luciana Rizo, neuropsicóloga (RJ). Outra pista é quando o comportamento inadequado causa sofrimento aos grupos de convívio da criança, como família e amiguinhos da escola, impactando negativamente em seus relacionamentos.

A raiz do problema
“A gravidade do sintoma pode ser leve quando se limita a apenas um ambiente. É moderada quando está presente em pelo menos dois, e grave quando ocorre em três ou mais”, diferencia Luciana. A neuropsicóloga explica que os pais não devem se torturar pensando sobre onde erraram na educação de seu filho. Segundo ela, as causas da manifestação do problema são multifatoriais. “Há evidências de influências hormonais, genéticas e neurofuncionais.”Porém a dinâmica familiar pode reforçar um padrão de comportamento inadequado.“Em resumo, seria uma integração dos fatores genéticos e o quanto o ambiente colabora na expressão em maior ou menor grau do transtorno”, conclui.

Transtorno de conduta
Na hora de procurar ajuda, o psiquiatra, o neuropediatra ou o neuropsicólogo especializados em tratamento infanto juvenil podem ajudar no diagnóstico, que será clínico. Em algumas situações, é comum o TDO ser confundido com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Os dois transtornos, aliás, não raro, aparecerem juntos.“A semelhança é que ambos têm como característica a impulsividade, ou seja, os portadores tendem a agir sem pensar. Porém, quando é realizada a avaliação adequada, percebe-se claramente a diferença entre ambos”, destaca Luciana.
Cerca de 65% das crianças com o diagnóstico de TDO deixarão de apresentar os sintomas nos anos seguintes, desde que acompanhados terapeuticamente. O restante pode permanecer ou intensificar os sintomas, evoluindo para o chamado transtorno de conduta (em que os jovens apresentam agressividade, comportamento antissocial e constantemente violam as regras de convívio). “Quando o TDO não é tratado, a evolução para o transtorno de conduta pode ocorrerem até 75% dos casos. Naquelas em que o início dos sintomas se iniciaram antes dos oito anos de idade, o risco de evolução será maior. Ou seja, o diagnóstico e o tratamento precoces exercem um papel preventivo importante”, pontua Teixeira. Além disso, quando adultos, há maior risco de desenvolvimento de problemas de controle de impulsos, abuso de álcool e drogas, ansiedade e depressão.

Manejo do comportamento

O tratamento para TDO geralmente alia medicação psiquiátrica com psicoterapia.“De maneira geral, quando falamos de transtornos, não falamos em cura, mas em manejo de comportamentos ou sintomas. Com o tratamento, a incidência de comportamentos inadequados diminui bastante”, explica a neuropsicóloga.

Uma série de estratégias de manejo de comportamentos pode ser ensinada para aqueles que convivem diretamente com a criança ou adolescente. “O terapeuta trabalha a percepção de situações que levam à ativação emocional e que conduzem ao comportamentode oposição e desafio”, destaca.
Também pode ser aplicado o chamado reforçamento positivo – que são elogios, aproximação física, carinho e atenção sempre que a criança apresentar um comportamento adequado. Para completar, os pais precisam ficar atentos à disciplina. “A falta de limites e de disciplina pioram os sintomas de crianças com o transtorno desafiador”, lembra Teixeira.

Ambiente saudável
A participação dos pais, aliás, é de extrema importância no tratamento da criança com TDO. “Uma criança que cresce em um ambiente respeitador, com pais presentes e participativos em sua vida, apresentará menores chances de problemas relacionados com comportamentos desafiadores, desobedientes e opositivos”, lembra o médico Teixeira.
Também é importante ser um modelo pacífico e positivo para a criança, evitando agressividade e violência. “Muitos pais confundem limite e monitoramento com intolerância, autoritarismo e violência. Na verdade, a família é um grande modelo de aprendizagem para a criança”, reforça o psiquiatra.
Sempre que possível, fortaleça a autoestima de seu filho, evitando dizer coisas como: “você não faz nada certo” ou “vocêé o pior da escola”. Vale também estimular a prática de esportes, que ensina conceitos básicos de respeito, ética, moral, hierarquia, companheirismo, organização, liderança, cooperação, competição, regras, limites, além do desenvolvimento de habilidades motoras e sociais. Por fim, mantenha um canal de comunicação aberto com a escola para monitorar comportamento do estudante quando ele estiver fora de casa.

FONTE: Revista VivaSaúde/ Edição 150


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Síndrome rara revela segredo por trás do cérebro social humano


Reprodução
Foto: Criança retratada no filme “Embraceable”, de 2011: afabilidade e dismorfia facial são características da síndrome de Williams

http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/sindrome-rara-revela-segredo-por-tras-do-cerebro-social-humano-19897186

Ler para os filhos aumenta capacidade cognitiva e reduz mau comportamento, diz estudo

familiaqueacolhe

Uma pesquisa feita pela Universidade de Nova York (NYU) em parceria com o Instituto Alfa e Beto (IAB) e o IDados revelou que a rotina de ler para os filhos traz ganhos como 14% de incremento no vocabulário das crianças, 27% de aumento na memória de trabalho, além de crescimento de 25% no índice de crianças sem problemas de comportamento. Os resultados parciais do estudo serão apresentados nesta quarta-feira, no Congresso Nacional, durante audiência pública.
A pesquisa foi realizada com 1.250 responsáveis e 1.250 crianças do município de Boa Vista, em Roraima, onde a administração municipal em parceria com o IAB desenvolve o programa “Família que acolhe”, que promove políticas públicas voltadas para a primeira infância na rede municipal integrando as áreas de saúde, assistência social e educação.
– As diferenças nas crianças que leem com os pais são impressionantes. Tanto do ponto de vista de objetivos como vocabulário, como aspectos cognitivos da memória, e também comportamentais. Essa prática reduz a violência e o tratamento brusco em relação à criança. Os responsáveis aprendem a discutir as questões, dá a eles mais instrumentos que não só a chibatada – comenta o presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Oliveira.
O relatório aponta ainda para um melhor desenvolvimento fonológico das crianças, que auxilia na hora da alfabetização e ocorrência de menos punição física por parte dos pais, que aprendem a conversar com os filhos e buscar novas maneiras de resolver as questões.
O estudo – conduzido por Alan Mendelsohn, professor da Faculdade de Medicina da NYU e Adriana Weisleder, pesquisadora da mesma instituição – analisou durante um ano três grupos diferentes. No primeiro, além do atendimento normal das creches municipais, chamadas “Casas-mãe”, os pais recebiam capacitação em habilidades de leitura e interação com as crianças. Além disso, os responsáveis praticavam exercícios para aprender como conversar e interagir com os filhos. A atividade era filmada e posteriormente analisada por eles mesmos, que podiam identificar o que faziam de certo e de errado.
O segundo grupo era composto por pais que tinham apenas o atendimento convencional das casas-mãe e tinham contato com a leitura no ambiente escolar. Já o terceiro grupo era formado por famílias que ainda estão na lista de espera da creche.
– A gente já sabe que ler para criança é bom, que a leitura interativa faz bem. O que o programa acrescenta é um treinamento que envolve sessões interativas com os pais. Eles se veem no vídeo e eles aprendem a analisá-lo. Quando comparamos o grupo que fez nove sessões e levou livro para ler em casa com os demais as diferenças são impressionantes- afirma João Batista.
MUDANÇA COMPORTAMENTAL
Nas sessões feitas em grupo a cada três semanas, profissionais treinados pelo IAB orientam os pais a interagir com as crianças durante a leitura. Além de ler durante as sessões, os pais também levam livros para casa.
Daniella Santos é uma da mães que notou diferença no comportamento dos filhos após a inserção da leitura diária conduzida por ela e pelo marido. Gabriel, de 2 anos, que antes era inquieto, agora se interessa pela atividade e consegue se concentrar na história. O menino também perdeu o medo que lhe fazia chorar na hora de ir para o banho.
– O Gabriel era um pouco mais rebelde, não gostava de sentar com a gente para leitura e aí descobri que tínhamos de fazer uma rotina. Agora ele já para, já pede. O comportamento dele era completamente diferente, agora ficou mais tranquilo. Na creche ele tinha receio de ir para o banho, mas comecei a inserir essa questão nas histórias que contava e agora ele não chora mais. Percebi uma independência muito maior para ele- conta Daniella, que também é mãe de Melina, de 3 anos:
– Por conta da leitura, a minha filha já conhece vogais, cores primárias, consoantes. E números de 1 a 10.

FONTE: Instituto AlfaeBeto

Pais de alunos autistas reclamam da falta de professor acompanhantes em Montes Claros



http://g1.globo.com/mg/grande-minas/videos/v/pais-de-alunos-autistas-reclamam-da-falta-de-professor-acompanhantes-em-montes-claros/3965783/

Estado não pode negar monitor especial a criança autista em sala de aula


http://www.associacaoinspirare.com.br/estado-nao-pode-negar-monitor-especial-a-crianca-autista-em-sala-de-aula/

SUS incorpora remédio para comportamento agressivo em adultos com autismo



http://agencia-brasil.jusbrasil.com.br/noticias/297498322/sus-incorpora-remedio-para-comportamento-agressivo-em-adultos-com-autismo

BEXIGA FOLCLÓRICA


Escreva palavras relacionadas ao FOLCLORE BRASILEIRO como: Curupira, Saci, Iara, Mitos, Lendas etc. 
E coloque dentro das bexigas. 
Encha-as e pregue na lousa ou no chão. 
Faça um circulo e convide aluno por aluno para estourar a bexiga e ler a palavra que está dentro. Explique um pouco sobre a palavra (tema) e deixa o aluno expor seus conhecimentos também. 
No final, peça para cada aluno escolher uma das palavras e produzir um texto referente. 
Depois faça exposição das produções. 
Aula sugerida pela professora Luana Gomes na turma do 4° ano via Valéria Tavares.




FONTE: Taise Agostini

domingo, 7 de agosto de 2016

Sistema Braille

Braille é um sistema de leitura com o tato para cegos inventado pelo francês Louis Braille no ano de 1827 em Paris.

O Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em alto relevo. O deficiente visual distingue por meio do tato. A partir dos seis pontos relevantes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, números, sinais matemáticos e notas musicais.
Sendo um sistema realmente eficaz, por fim tornou-se popular. Hoje, o método simples e engenhoso elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos daquele rapaz há quase 200 anos.
O braille provou ser muito adaptável como meio de comunicação. Quando Louis Braille inicialmente inventou o sistema de leitura, aplicou-o à notação musical. O método funciona tão bem que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que vêem. Vários termos matemáticos, científicos e químicos têm sido transpostos para o braille, abrindo amplos depósitos de conhecimento para os leitores cegos. Relógios com ponteiros reforçados e números em relevo, em braille, foram produzidos, de modo que dedos ágeis possam sentir as horas.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O que fazer quando a escola não atende os direitos educacionais especiais da criança?

A peregrinação dos pais de crianças com necessidades educacionais começa muito cedo, quando a criança, ainda bebê, já demonstra alguns traços em seu desenvolvimento, que fazem com que estes pais notem que a criança apresenta um desenvolvimento diferenciado do de seus pares etários. Primeiro vem uma sensação de estranheza. Será que meu filho só é mais preguiçoso, atrasado, tem o tempo dele? Depois, quando a criança, não mais bebê, entra na escola, a sensação de estranheza aumenta e a comparação com os pares etários quando eles brincam juntos, em casa, ou nas festinhas, é inevitável. Um aperto surge no coração destes pais, nesta hora. Mas, na grande maioria dos casos, os pais ainda não procuraram ajuda profissional, neste momento.
Daí, é a vez da escola alertar os pais, em reuniões ou relatórios, de forma periódica, que a criança não está atingindo determinados objetivos que dela se espera, ou que está muito inquieta, agitada, dispersa, agressiva, etc. Este deveria ser o momento que as escolas deveriam encaminhar os pais para uma primeira observação com um neuropsicólogo ou, dependendo do caso, um neuropediatra ou psiquiatra infantil. Mas, a grande maioria das escolas não faz isto, não têm este olhar, ou os pais, ainda que advertidos pela escola, acham que não é nada ; que vai passar.
Então, chega uma determinada hora que não dá mais para esconder. Ou porque a criança já recebeu um grande número de queixas, reclamações, advertências ou suspensões da escola, ou porque a criança vem apresentando um grande sofrimento em ir para a escola, angústia, ansiedade, depressão, rebeldia em casa, ou porque o atraso na aprendizagem se torna evidente. Daí é inevitável que os pais busquem esta ajuda profissional junto a um neuropsicólogo ou, dependendo dos sintomas e queixas, também num neuropediatra ou psiquiatra infantil.
O importante, nessas horas, é que o profissional que avaliar o seu filho lhes dê um laudo, comprovando o que a criança tem e como ela deve ser atendida, pela escola e também fora dela ; de qual forma a escola deve trabalhar as necessidades educacionais desta criança ; se com provas e avaliações adaptadas, com mais tempo, com ledor, tutor, escriba, etc (ou se indica um psicopedagogo para acompanhar a criança).
Minha orientação, enquanto advogada da área Educacional, é que o laudo seja protocolado na escola e que isto seja registrado em ata de reunião. É importante que família e escola tenham uma boa relação de parceria e sinceridade. Quanto mais se protelar a apresentação do laudo e a conversa com a escola, de que seu filho apresenta necessidades educacionais especiais e quais são elas, e como ele deve ser atendido, pior será para o seu filho. O laudo é o instrumento que irá formalizar os direitos dele perante a escola.
Nem sempre os pais de crianças com NEE[1] conseguem que a escola atenda seus filhos de forma adequada. Então, nessa hora, ou se tenta, por mais um vez, uma conversa franca com a escola, ou, se perceberem que se esgotaram todas as vias de diálogo com esta, os pais podem notificar a escola e, em último caso, promover ação judicial, visando o atendimento das necessidades educacionais especiais por parte da escola. A família que tiver renda familiar máxima de até 03 (três) salários mínimos poderá se valer dos serviços da defensoria pública. Podem, também, tentar em contato com o Ministério Público de sua cidade, para que ele promova a intervenção junto à escola, e, aqueles que puderem (cuja renda assim permitir) podem contratar um advogado que atue no Direito Educacional, para que fazer com que a escola ofereça a inclusão que a criança tem direito, de acordo com as necessidades apresentadas no laudo médico ou psicológico, dependendo do caso.
[1] Necessidades educacionais especiais

COMO ENTENDER A DISLEXIA, DISORTOGRAFIA, DISGRAFIA, DISCALCULIA

A identificação precoce de um possível ou suposto quadro de incapacidade ou problema de aprendizagem no ambiente escolar sensibiliza os educadores para o exercício de um novo olhar: “olhar” mais cuidadoso, criterioso, investigativo e com mais participação na vida escolar dessa criança.
O diagnóstico que envolve a exclusão de outras condições e dificuldade por parte da criança, deve voltar-se para uma serie de sinais e sintomas muito peculiares, que podem sugerir a suspeita e levar a procura de profissionais especializados para tal diagnóstico.

PARA CADA HIPÓTESE, TEMOS UM ENTENDIMENTO NEUROLÓGICO E EVOLUTIVO DE CADA EXPRESSÃO E SEU RESPETIVO SIGNIFICADO:

  • DISLEXIA

Dislexia é a incapacidade de processar o conceito de codificar e decodificar a unidade sonora em unidades gráficas (forma de grafemas) com capacidade cognitiva preservada (nível de inteligência normal).
Os disléxicos têm capacidade para aprender todas as funções sociais e até altas habilidades, desde que, bem diagnosticado, seja trabalhado nas áreas corticais favoráveis e com estratégias e intervenções adequadas.
Essas intervenções devem valorizar as funções viso-motoras da criança, imagens com significado e significante associados a ritmo e memória visual auxiliando sua memória auditiva, para que desenvolva a capacidade por outras rotas (sabendo-se que sua rota fonológica é prejudicada).

  • DISORTOGRAFIA

Definimos como disortografia, os erros na transformação do som no símbolo gráfico que lhe corresponde.
Nem sempre a disortografia faz parte da dislexia e pode surgir nos transtornos ligados á má alfabetização, na dificuldade de atenção sustentada aos sons, na memória auditiva de curto prazo (Deficit de Atenção) e também nas dificuldades visuais que podem interferir na escrita.

  • DISGRAFIA

Não se pode confundir ou comparar a disgrafia com disortografia, pois a disgrafia tem características próprias.
A criança com disgrafia apresenta uma escrita ilegível decorrente de dificuldades no ato motor de escrever, alterações na coordenação motora fina, ritmo, e velocidade do movimento, sugerindo um transtorno práxico motor(psicomotricidade fina e visual alteradas).

  • DISCALCULIA

discalculia do desenvolvimento é uma dificuldade em aprender matemática, com falhas para adquirir a adequada proficiência neste domínio cognitivo, a despeito de inteligência normal, oportunidade escolar, estabilidade emocional e motivação.
Não é causada por nenhuma deficiência mental, deficits auditivos e nem pela má escolarização.
As crianças que apresentam esse tipo de dificuldade realmente não conseguem entender o que é pedido nos problemas propostos pelo educador (professor/pais).
Não conseguem descobrir a operação pedida no problema: somar, subtrair, multiplicar ou dividir. Além disso, é muito difícil para a criança entender as relações de quantidade, ordem, espaço, distância e tamanho.
Aproximadamente de 3 a 6% das crianças em idade escolar tem discalculia do desenvolvimento (dados da Academia Americana de Psiquiatria).
De um modo geral, o prognóstico das crianças com discalculia é melhor do que as crianças com dislexia, ou pelo menos, elas tem sucesso em outras atividades que não dependam desta área de cálculo numérico.

Quais são os sinais de atraso no desenvolvimento de uma criança?

Conforme a criança vai crescendo, é natural que surjam as comparações e que os pais se preocupem se está tudo correndo dentro do esperado para a idade dela. Dúvidas como “Será que com essa idade ele já não deveria estar engatinhando? ou: “A filha da vizinha já fala várias palavras, por que será que ela não fala ainda?” são comuns.
A questão é que cada criança tem um ritmo diferente de desenvolvimento. Assim sendo, muitas vezes é difícil separar o que é simplesmente uma particularidade e o que é um verdadeiro atraso no desenvolvimento, que possa estar sendo causado por alguma condição que precise ser investigada e tratada.

A observação dos pais e das pessoas que mais convivem com a criança é a melhor forma de identificar possíveis atrasos. Caso seja identificado algum problema, intervenções médicas ou terapias específicas ajudam a reduzir eventuais prejuízos futuros, principalmente se iniciadas bem cedo.
O que significa exatamente “atraso no desenvolvimento”?
Os médicos usam o termo “atraso no desenvolvimento” quando uma criança não atinge alguns dos marcos do desenvolvimento com a idade esperada, mesmo já levando em conta as variações individuais. O atraso pode ocorrer em uma ou mais áreas:
  • Coordenação motora ampla (habilidades físicas como rolar, sentar e andar)
  • Coordenação motora fina (capacidade de segurar as coisas, manipular objetos)
  • Linguagem e fala (tanto a compreensão quanto a fala)
  • Habilidades sociais (relacionamento com outras pessoas)
  • Capacidade de autocuidado (vestir-se, usar o banheiro)

É comum uma criança ter atraso no desenvolvimento?

Estudos já mostraram a ocorrência de atrasos do desenvolvimento em de 10 a 15% das crianças de menos de 3 anos, portanto se trata de um problema relativamente comum. Entre os atrasos estão dificuldade de aprendizado, de se comunicar, de se movimentar e até de brincar.
Quanto mais rapidamente a criança receber terapias adequadas, maior a chance de reduzir o impacto do atraso neuropsicomotor.
Alguns desses atrasos desaparecem até o início da vida escolar (ensino fundamental). Já outros são identificados apenas mais tarde.
Cerca de 40 por cento das crianças que têm algum atraso no desenvolvimento possuem também um outro atraso em outra área. Somente 2% possuem três tipos ou mais.

Que tipo de problema os pais podem perceber?

A maioria das famílias consegue perceber com certa facilidade atrasos nos grandes marcos do desenvolvimento, como engatinhar e andar. Mas também há atrasos mais específicos, como a dificuldade em segurar objetos pequenos ou passar um brinquedo de uma mão para outra.
Na área da linguagem, um dos sinais de alerta é perceber que a criança não entende o significado de palavras, ou não tenta se comunicar, seja apontando ou balbuciando.
Nas consultas de rotina, o pediatra deve fazer perguntas sobre o comportamento do bebê e observá-lo para ter certeza de que ele está se desenvolvendo como o esperado.
Crianças que nasceram prematuras podem demorar mais para atingir certos marcos do desenvolvimento se comparadas com bebês nascidos no tempo certo. Até o segundo ou o terceiro aniversário, o pediatra pode preferir considerar como a “idade” do bebê prematuro a data prevista de parto, ou seja, a data em que a gestação teria completado 40 semanas.
O que pode estar causando o atraso?
Em algumas situações, o atraso no desenvolvimento tem uma causa médica identificável, como complicações de um nascimento prematuro ou uma condição genética como a síndrome de Down ou outras síndromes. Também pode ser causado por algum acidente ou doença.
Problemas na fala e na linguagem podem ser causados por dificuldade de audição, questões físicas ou neurológicas ou ainda transtornos cognitivos. Pediatras, neuropediatras, fonoaudiólogos costumam ser os profissionais envolvidos em diagnóstico e opções de tratamento.
Problemas de visão podem ser a causa de alguns atrasos, e são difíceis de perceber. No início é o pediatra que examina a visão do bebê, mas em caso de preocupação ele pode encaminhar o bebê para uma avaliação mais detalhada com um oftalmologista.

O médico disse que está tudo normal, mas ainda estou preocupada

Se, mesmo depois de uma avaliação cuidadosa por parte do pediatra, ele não tiver identificado nenhum atraso, mas mesmo assim você não tiver se convencido, confie nos seus instintos e procure uma segunda opinião, ou então a avaliação de um especialista (neuropediatra, fonoaudiólogo ou ortopedista, dependendo do tipo de atraso).
Pode até ser que esteja tudo normal e que a criança supere rapidamente o atraso, ou pode ser que uma terapia curta já seja suficiente para resolver o problema. Mesmo que realmente não seja nada, você vai estar tranquila de que está fazendo tudo o que pode para que seu filho tenha a melhor assistência e o melhor desenvolvimento possíveis.

Razões para má caligrafia das crianças

Algumas crianças desenvolvem má caligrafia cedo na vida. Quando isso acontece, pode influenciar negativamente a capacidade da criança de se comunicar através de uma das nossas formas mais fundamentais da comunicação, a palavra escrita. De acordo com o site Handwriting Without Tears, "as diretrizes educacionais estão muitas vezes limitadas a um padrão, 'produz letra legível' nos padrões idioma. Quando os alunos não conseguem cumprir esta norma, os professores não têm meios para examinar quais habilidades estão faltando". Há várias razões para uma criança estar escrevendo mal. Identificar esses problemas pode ajudar a identificar e melhorar as habilidades de escrita das criança  Deficiência visualAlgumas crianças que escrevem mal podem ter deficiência visual. A deficiência visual pode causar dores de cabeça que distraem a criança da tarefa em questão ou mesmo causar a fadiga, o que resulta em má caligrafia. Se você suspeita que seu filho está tendo problemas com os olhos, é importante ter a sua visão testada. Se a caligrafia de seu filho é ruim porque ele não pode ver e facilmente fica cansado, usar óculos pode resolver o problema. Problemas sensoriaisAlgumas crianças têm problemas sensoriais. Se seu filho tem um distúrbio sensorial que faz com que ele queira segurar o lápis com muita força ou não apertado o suficiente, isso pode afetar o processo de escrita. As crianças que seguram o lápis com muita força ou o pressionam extremamente forte no papel podem ficar cansados de escrever à mão ou produzir uma escrita ilegível. Em alguns casos, a terapia ocupacional pode ser necessária para ajudar seu filho a lidar com seus problemas sensoriais antes de caligrafia poder melhorar. TDAHO Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade faz com que as crianças percam o foco com facilidade. Uma criança com TDAH pode ter problemas graves com caligrafia. De acordo com o National Center of Biotechnology, dos Estados Unidos, o TDAH provoca hipersensibilidade, falta de atenção e comportamento impulsivo, o que pode contribuir para a má caligrafia. O TDAH pode ser tratado com medicamentos sob cuidados de um médico e deve ser tratado logo que é diagnosticado. Necessidades especiaisUma série de situações de saúde podem resultar em má caligrafia. Essas incluem a Síndrome de Asperger, dislexia, autismo, disgrafia, que fazem com que as crianças tenham um baixo nível de habilidades motoras necessárias para uma caligrafia mais elegante. Atenda às circunstâncias de necessidades especiais com tratamento médico o mais rápido possível.

O DIREITO DAs CRIANÇAs - Ruth Rocha

A escritora de livros infanto-juvenis, Ruth Rocha é autora desse belo poema, que ela nos apresenta brincando com o conceito do direito das crianças. Foi a forma que encontramos para homenagear os pequenos que representam o futuro, merecendo todo o nosso carinho e cuidados.

O Autismo e o Brincar.

Segundo Vygotsky (1989), o brincar cria a chamada zona de desenvolvimento proximal, impulsionando a criança para além do estágio de desenvolvimento que ela já atingiu. Ao brincar, a criança se apresenta além do esperado para a sua idade e mais além do seu comportamento habitual. Ao mesmo tempo é uma ação simbólica essencialmente social, que depende das expectativas e convenções presentes na cultura.

Camila e a Volta às Aulas

O desconhecido é sempre assustador para as crianças.
Para o priminho de Camila, o primeiro dia de aula poderia ter sido muito difícil se não fosse a ajuda de sua prima. Esta história mostra que o apoio dos amigos é de extrema importância em muitas situações da vida.