domingo, 25 de setembro de 2016

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NO TRATAMENTO DE AUTISTA



Inclusão-na-escola

Dentre as diversas formas terapêuticas as quais uma criança autista necessita, a intervenção psicopedagógica é extremamente importante para o desenvolvimento intelectual dos “anjos azuis”.
O desconhecimento acerca da atuação do Psicopedagogo por parte dos pais e professores, impede a oportunidade de aperfeiçoar a aprendizagem, através do estímulo, descoberta de potencialidades, reabilitação cognitiva, socialização, treino comportamental através do lúdico, o que garante um avanço extraordinário no desenvolvimento do aprendizado e, consequentemente, no rendimento escolar.
O Psicopedagogo, além de investigar, detectar e intervir nas causas que estão levando ao fracasso escolar e os fatores que limitam o aprendizado, atua na orientação dos familiares quanto as suas posturas e também os profissionais envolvidos diretamente com esse aluno autista.
O Psicopedagogo, precisa, além do seu conhecimento teórico- prático, ter a sensibilidade em compreender que uma criança autista aprende, mas também ensina, pois toda a bagagem que ele carrega consigo deve ser considerada. Através desse conhecimento, respeitando suas limitações, é possível aprender e ensinar. Cabe ao Psicopedagogo intermediar o relacionamento entre ensinante e aprendente na construção de um vínculo prazeroso e saudável.
A criança autista tem aversão a ambientes agitados e desorganizados, então, é importante trabalhar o tom de voz. A fala deve ser serena, explícita e pausada. Seus interesses restritos são ferramentas preciosas para o psicopedagogo trazer à sessão a atenção da criança e possibilitar a socialização e o aprendizado.
É de vital importância tratá-lo pelo nome e comunicar de forma simples a atividade proposta e antes de propor, o psicopedagogo deve executá-la.
O jogo é o melhor e mais completo instrumento a ser utilizado, resgatando e preparando para aprendizagem, visto que ele abrange os três estilos de aprendizagem; visual, auditivo e sinestésico, desenvolvendo, assim, a cognição, competências fundamentais para o futuro.
Dessa forma, contribuirão para melhor desempenho do autista e para integração das várias dimensões do seu conhecimento afetivo, motor, cognitivo e social.

FONTE: Daniele Galvão

Professora sugere releitura de livro infantil com massinha


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Em BH, projeto que liga literatura e cinema incentiva o gosto pela leitura e melhora as produções textuais dos alunos.

No final do terceiro ano, a proposta curricular indica que o processo de alfabetização deve ser finalizado. Só que quando pegamos as produções das crianças, percebemos uma necessidade de ampliar o vocabulário, de trabalhar a coerência e diversos outros aspectos do texto.
Muitas vezes, os alunos são obrigados a ler sem que o prazer pela leitura seja despertado. Então, percebi que isso poderia ser feito de uma forma mais prazerosa. Assim, propus a elaboração de um filme de massinha que seria produzido pelas crianças a partir da releitura de um livro de literatura infantil.
Eu comecei apresentando a eles a história do cinema. Contei sobre a relação entre alguns filmes e obras de literatura e os profissionais envolvidos na produção. Enquanto isso, incentivava que buscassem livros na biblioteca da escola, fizessem a leitura e avaliassem se a obra poderia se tornar um filme ou não.
Após a leitura e avaliação, nós realizamos uma votação em sala de aula com os livros que foram julgados como bons para virarem filmes. Para essa votação, cada criança apresentou um resumo da história lida, justificando porque ela poderia virar um filme. A escolhida foi “Vovó Dragão”, de Thaís Linhares.
Trabalhei com eles a diferença entre o resumo do livro e a sinopse. Depois que os estudantes criaram uma sinopse para o filme, o próximo passo foi dividir a classe em equipes de produção. Havia a equipe responsável por fazer os personagens de massinha, outra responsável pelo cenário, outra pela fotografia, entre outras funções.
No dia da produção, foi possível perceber a posição crítica das crianças. Elas propunham mudanças no enredo e percebiam a necessidade da construção lógica das sequências das cenas, observando a relação entre elas e a estrutura de construção de um texto em prosa, que é divido em parágrafos. Também notaram a importância da coesão e coerência entre o tempo e os fatos.
Eu fiquei com a parte de editar o material: juntar as fotos e produzir o filme. Quando as crianças viram o resultado, ficaram admiradas e valorizaram o próprio esforço. Eles adoraram o trabalho, porque o cinema ainda é uma realidade distante, principalmente das escolas públicas. Com o projeto, eles estudaram a relação entre os livros e suas adaptações para o cinema, e gostaram muito de serem os protagonistas da produção.
Antes da realização dessa atividade, a ida à biblioteca era uma obrigação. Hoje, os alunos têm interesse em buscar outros conhecimentos e veem o livro como uma forma de descansar, relaxar. A escrita também melhorou muito. Eles têm mais cuidado com o texto.
Todo o material utilizado na produção foi dado pelos pais dos estudantes, já que não tínhamos o necessário na escola.

O projeto me fez perceber que, quando a gente vai além e envolve a parte prática, as crianças têm percepções diferentes e se veem até mesmo como profissionais que podem realizar determinada atividade. É muito legal vê-las sonhando com possibilidades que vão além daquilo que elas vivem.

FONTE: Isabela Costa Dominici



Autismo - SINAIS DE ALERTA ENTRE OS 18 MESES E OS 5 ANOS


* Comportamento emocional:
- Retraimento social;

- Resistência diante da mudança de pessoas ou ambientes;
- Dificuldade para imaginar ou criar pequenas histórias ou narrativas verbais, como contos;
- Medos estranhos ou fobias específicas, tais como o medo diante algo completamente inofensivo e normalidade diante do perigo real;
- Excitação e ansiedade dificilmente controláveis.

* Comportamento social:
- Dificuldades de relacionamento: ausência de relação com seus colegas, ausência de comportamentos espontâneos para brincar, divertir-se ou compartilhar interesses com as outras crianças, ausência ou déficit na reciprocidade social ou emocional.

- Muitas crianças com autismo não mostram preferência por seus pais em relação a outros adultos e não podem desenvolver amizade com outras crianças;
- Não se relaciona de maneira normal com os objetos;
- Responder de maneira extrema e incomum ao objeto seja evitando-o por completo ou sendo obcecado por ele. Ex: se alguém move sua cama de um lado do quarto para o outro, a criança autista pode começar a gritar histericamente. Se um objeto se move, tal como um ventilador, a criança vai adorar. A criança também pode ter um grande apego a objetos estranhos, como papel, bala de gome ou um tijolo;
- Outra característica é a tendência a realizar atividades de maneira repetitiva, como girar como um peão ou realizar movimentos rítmicos com seu corpo, tal como bater as mãos;
- Crianças com autismo de nível funcional elevado podem repetir os comerciais de TV ou realizar rituais complexos ao deitar para dormir. Alguns podem apresentar determinadas habilidades excepcionais e específicas, como montar ou desmontar blocos e aparelhos mecânicos com circuitos complexos, habilidades musicais e pictóricas, e podem ter excelente memória fotográfica;
- A característica mais notável do autismo é uma interação social limitada. crianças com autismo tendem a não responder a seus nomes e muitas vezes evitar olhar para outras pessoas.
- As crianças autistas, muitas vezes, têm dificuldade em interpretar tom de voz e expressões faciais, e não respondem as emoções de outras pessoas ou observam os rostos de outros em busca de sinais de comportamento adequado;
- Elas parecem estar alheias aos sentimentos dos outros e ao impacto negativo de seu próprio comportamento. Elas não entendem as regras sociais nem os sentimentos dos outros;
- Há um falta de contato visual, alteração na expressão facial e posturas corporais;
- Muitas crianças com autismo realizam movimentos repetitivos, como balançar e enrolar o cabelo, ou comportamentos autoagressivos, como bater a cabeça ou morder-se;

* Desenvolvimento dos sentidos:
- Audição: parecem ser surdos para alguns sons sensíveis a outros;

- Visão: têm dificuldades em reconhecer pessoas visualmente;
- Tato: são insensíveis ou hipersensíveis a dor ou o oposto:
- Paladar e olfato: há extremos que vão desde a indiferença até a aversão a certos alimentos e cheiros.

* Coordenação Motora
- É difícil para os autistas imitarem exercícios motores realizados por outros, apresentando já certas estereotipias de movimentos;

- Apresentam interesses restritos e estereotipias, comportamentos ritualizados, estereotipias motoras e apego excessivo a certos objetos, que faz com que ocorra uma resistência à mudança manifestada de forma violenta.

* Linguagem:
- Os autistas, geralmente, começam a falar mais tarde que outras crianças e se referem a eles mesmos pelo nome em vez de 'eu" ou "a mim". Alguns falam com uma voz cantada e sobre um número limitado de assuntos, não levando em consideração a interesse da pessoas com quem está falando;

- As habilidades de linguagem, assim como as expressões faciais e gestos, não são usados com a finalidade comunicativa;
- Há um retardo evolutivo da linguagem, que pode chegar ao que se denomina "agnosia verbal" (alteração da codificação e decodificação da linguagem);
- Uso repetitivo e estereotipado da linguagem, com ecolalias imediatas e/ou retardadas ( é a repetição das palavras que o interlocutor diz).

* Âmbito cognitivo:
- Falta de imitação, simbolização e jogo;

- Pode ter, desde um retardo mental profundo até capacidades superiores.
Em algumas crianças autistas, a irregularidade é tão marcante que têm um talento excepcional para memorizar listas de telefones, endereços, música, desenho, etc. que pode coexistir com uma incompetência mental global.

* Alimentação:

Apresentam rejeição ou fixação por alguns alimentos.

* Outros:        
Não desenvolvem autonomia para vestir-se, controlar o esfíncter, etc.

Tarefa escolar: xiiii, como ajudar meu filho???


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Antes de mais nada é importante organizar um espaço próprio para estudo. Ou seja, longe de televisão, barulhos e objetos que possam tirar a atenção.

Lugar pronto vamos as dicas!!!


1- combinar horário para tarefas e estudo diário
É recomendável que o horário seja negociado com o seu filho para evitar que este momento seja transformado em castigo. Por exemplo, não será uma boa estratégia programar justamente no horário que ele mais gosta de brincar com os amigos no parque ou que vai passar na TV o seu programa favorito.
Após as tarefas é sempre importante ter um tempo (20 ou 30 minutos) para revisar alguma matéria ou fazer uma pesquisa que for do interesse.
É importante que fique claro que o hábito de estudo é para aprender e não para se preparar para as provas. Agora, com uma rotina de estudo diário quando chegar o momento da prova ele vai estar  mais preparado.
No início as crianças geralmente reclamam, fazem corpo mole, mas após criarem o hábito tudo ficará mais fácil.

2- registrar as dúvidas
Quando tem algum assunto que ele não tenha entendido direito ajude-o a sinalizar para pesquisar ou perguntar para o professor.
Obs.: Professor adora aluno que faz perguntas. Demonstra que o aluno tem interesse em aprender. E o aluno pode até apresentar dificuldade, mas se é esforçado, sempre é um ponto positivo.

3- ajude-o apenas o necessário
Você deve auxiliar para que ele chegue à resposta e não dizer a resposta. Então, por exemplo, se ele precisa resolver um problema de matemática, deixe-o fazer suas tentativas primeiro e se a resposta não for correta tente entender qual raciocínio o fez chegar ao resultado e só então corrija sua linha de pensamento. Outro exemplo, supondo que a tarefa seja escrever um texto, deixe-o escrever do jeito que consegue. Elogie a produção, o esforço, independentemente de você ter uma expectativa que fosse melhor. Após, faça as observações que achar necessário.

4- em momentos de crise é melhor esfriar a cabeça
Você é o adulto, então é você que deve dar o exemplo. Se por acaso você perceber que está ficando nervoso, o melhor é ser claro com o seu filho dizendo que precisa tomar uma água, ou um leite, enfim, qualquer coisa é melhor do que transformar esta hora em algo estressante. Os filhos conseguem entender quando a verdade é dita com jeito e com carinho.

5- exceções
Supondo que um dia os amigos combinaram um cinema justamente no horário agendado para  estudo. Claro que é possível liberar. No entanto, a exceção não pode virar regra porque senão bye bye programação.

 6- Prepare-o para a autonomia
Pouco a pouco deixe-o fazer as tarefas sozinho. E lhe diga para chamar caso precise.
Outro dia uma mãe me perguntou:
– Solange, porque meu filho não quer mais que eu faça as tarefas com ele?
Respondi com outra pergunta:
– Por que você ainda quer fazer as tarefas com ele?
Se a criança não quer, é possível (precisa ser investigado!) que já não precise mais.

E por fim, após terminar as tarefas combine de organizar a mochila para o outro dia. Esta é uma maneira de garantir que não vai esquecer nada.



FONTE: Psico Sol

TRATAMENTO E EDUCAÇÃO - TEA


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A intervenção precoce e a entrega da criança a um bom programa educacional irá melhorar muitos os prognósticos para todos os tipos de autismo. Um bom programa deve usar uma ampla variedade de métodos de tratamento, já que cada criança é diferente das demais. Existe, entre os profissionais que lidam com o autismo, uma tendência a afirmar que seu programa é o único que irá funcionar. Observei que os professores mais eficientes acabam empregando os mesmos métodos, seja qual for a sua orientação teórica. Os bons professores e os terapeutas valem seu peso em ouro. O tratamento para a hipersensibilidade sensorial e para os problemas de processamento sensorial deveria ser posto à disposição de todos os estudantes. Um terapeuta ocupacional é altamente recomendável para uma terapia de integração sensorial. O treinamento auditivo pode ajudar a reduzir a sensibilidade a certos sons, bem como problemas com sons de estática ou zumbido nos ouvidos. Exercícios vigorosos também ajudam a acalmar o sistema nervoso e a reduzir o comportamento agressivo e hiperativo.

Um professor ou um dos pais especialmente observador pode determinar se um mau comportamento tem causa comportamental ou biológica. A criança é capaz de quebrar o telefone para impedir a campainha de tocar. O medo de um barulho que dói nos ouvidos talvez seja a causa de muitos ataques. No entanto, muitas crianças autistas aprendem que os ataques são uma forma de manipular os adultos. Quando isso ocorre, o uso de modificação do comportamento pode operar maravilhas. Se a criança cuspir, continue recriminando. Se você parar, terá recompensado um mau comportamento. Alguns comportamentos inapropriados são uma tentativa de comunicação. Tente determinar o que desencadeia o mau comportamento.

Crianças e adultos autistas aprendem visualmente e pensam por imagens visuais. Maquinas de escrever e processadores de texto devem ser-lhes apresentados em tenra idade. Procure evitar séries longas de informação verbal. Se a criança souber ler, providencie instruções por escrito. Computadores podem ajudar indivíduos seriamente atingidos a comunicar-se.

FONTE: Livro - Uma Menina Estranha
 

Todo mundo paga caro pela educação de má qualidade no Brasil


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Pense no valor que você paga para ter TV por assinatura ou mesmo um plano de celular. Se o valor te parece muito caro, já imaginou o que poderia ser feito para reduzir o gasto? Entre tudo que faz parte dos custos de uma empresa, o treinamento de funcionários pode ser um dos mais importantes. Dependendo do setor, o preparo da equipe tem um impacto ainda maior na contabilidade da corporação.

Em telemarketing, por exemplo, a rotatividade é alta, ou seja, o treinamento de novos funcionários é uma demanda constante. Se isso significa aumento nos gastos da empresa, esse incremento, de alguma forma, é repassado aos consumidores.

Este é apenas um ângulo que serve como referência quando o assunto é a educação de baixa qualidade no Brasil. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) realizou um estudo para analisar o desempenho de estudantes, na faixa dos 15 anos, em conhecimentos básicos de matemática. O Brasil ficou em 58º lugar em um ranking que considera 65 países, atrás da Albânia e Costa Rica.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) fez uma nova análise do estudo e apontou que 67,1% dos alunos brasileiros, com 15 e 16 anos, estão abaixo do nível 2 em matemática, o que representa baixo desempenho na escola e dificuldades futuras de inserção no mercado de trabalho. Aliás, somente 0,8% dos alunos brasileiros atingiram os níveis 5 e 6 na matéria, que são os patamares que exigem cálculos mais complexos. Na China, que aparece em primeiro lugar no ranking, 55,4% dos alunos atingiram esses níveis.

A própria OCDE analisa que o gasto médio que deve ser feito, por aluno, na faixa entre 6 a 15 anos, é de US$ 50 mil. No Brasil, o valor investido por aluno representa um pouco mais da metade do estipulado: US$ 26,7 mil.

O mais preocupante quanto a péssima qualidade de educação no país é o impacto disso no futuro. Dados da Conference Board, divulgados em 2015, apontam que são necessários quatro brasileiros para produzir o que um americano faz. A relação é semelhante à que existia ainda na década de 1950. Considerando somente a América do Sul, são necessários dois brasileiros para fazer o que um chileno é capaz.

Se a qualidade de ensino no Brasil permanecer ruim, não há como diminuir a diferença de produtividade da nossa mão-de-obra quando a comparamos a outros países com níveis educacionais melhores. No futuro, alunos mal preparados representam custos altos para empresas e, consequentemente, produtos e serviços mais caros ao consumidor final.

Ainda que você tenha tido a oportunidade de estudar em boas escolas e de ter uma boa preparação para o mercado de trabalho, a qualidade de ensino ruim no restante do país é um problema que gera reflexos em cadeia. Mesmo quem acha que está de fora do problema, também está pagando caro pela falta de investimento no que deveria ser a base para o país. Se queremos uma economia mais forte e sólida a longo prazo, é preciso repensar a sala de aula.


FONTE: G1



6 erros que os pais cometem na hora da bronca



Sim, pai e mãe pisam na bola de vez em quando, até mesmo quando a intenção é educar e ensinar o que é certo. Muitas vezes, quando seu filho apronta uma arte da-que-las (como decorar o teto do banheiro com papel higiênico molhado ou usar a parede da sala como tela para uma pintura feita com canetinha colorida) é muito fácil errar a mão na hora de chamar a atenção por pura irritação.
A situação pode ficar ainda pior se a travessura for algo que coloca a própria criança em perigo (como escalar as prateleiras da geladeira para alcançar aquele pote de biscoitos). Aí o sangue sobe à cabeça! “Há situações que assustam os pais, que acabam se exaltando por serem pegos de surpresa. Vira um sobressalto generalizado: a criança também se assusta e o momento fica muito desconfortável”, explica a psicóloga e psicopedagoga clínica Ana Cássia Maturano.
Por isso, é preciso ter em mente que objetivo maior da bronca é chamar a atenção do seu filho para um comportamento que não pode se repetir. Não é gritar, punir, muito menos fazê-lo ficar com raiva de você. Por essa razão, o primeiro passo, antes de partir para qualquer tipo de castigo, é conversar com a criança de forma clara e direta explicando porque ela não pode fazer aquilo outra vez.
Fique atento para não cair nessas ciladas:
*Gritar: As crianças percebem pelo seu tom de voz se o que você está falando é sério ou não. “Há situações nas quais é preciso deixar claro para elas o que não pode ser feito usando um tom mais grave, o que não significa gritar”, explica Ana. A criança deve sentir firmeza no que você diz. No entanto, se perceber que, no meio do restaurante, todo mundo está olhando para você, pode ser que você realmente tenha passado do limite.

*Ameaçar: Ameaçar por ameaçar, só para ter um controle do comportamento por meio do medo, não funciona, principalmente se o apelo for criar temores infundados, como “se você for ali, o bicho papão vai te pegar”. “A ameaça é desnecessária porque faz com que os pais percam o foco, que é a educação e a orientação daquela criança”, explica a psicóloga. Ao contrário disso, o discurso dos pais deve mostrar apenas a realidade, deixando claras as consequências das ações, como  “se você atravessar a rua sozinho, o carro pega” ou “se você acender o fósforo, ele queima”.
*Fazer discurso: O tempo de atenção das crianças, principalmente das menores, é curto. Por isso, não precisa dar mil explicações quando for dizer ao seu filho que ele não pode fazer algo. Seja direto, claro e demonstre firmeza. “Se você se pendurar na TV, ela vai cair em cima de você e machucar”. Pronto. Não precisa falar que a TV é cara, que o papai trabalhou muito para comprar, que se quebrar ninguém vai poder assistir mais nada, nem dar um sermão.

*Amolecer: É difícil resistir àquela carinha de dó e aos olhos brilhantes que se enchem se lágrimas na hora da bronca. Por isso, não são raros os pais que amolecem.  “Não precisa se preocupar se o filho vai ficar com raiva ou se vai deixar de amar você. A criança precisa da proteção e dos limites”, alerta a psicóloga. A consistência é importante. Não adianta usar uma voz firme e, em seguida, falar mole e pegar no colo. Seu filho deve entender que o que você está falando é sério.

*Usar comida: “Se você fizer isso, pode comer um doce” ou “se não fizer o dever de casa direito, não tem direito à sobremesa”. Esqueça esse tipo de chantagem. Comida não é moeda de troca. Quer que seu filho pense que ele está sendo punido quando você insiste para que ele coma algo que não gosta?

*Não cumprir o combinado:Erro clássico. Aquilo que foi acordado deve ser honrado – seja de um lado, seja de outro. Por isso, além de deixar explícito qualquer tipo de acordo (ou de punição), é preciso primeiro se perguntar se aquilo que você diz que vai fazer caso a criança apresente um mau comportamento é, de fato, viável. Muitas vezes, são os próprios pais que se colocam em uma baita saia-justa. “Eu já atendi uma mãe que ameaçou não fazer a festa de aniversário do filho”, conta Ana. Com todos os convites enviados, você vai mesmo cancelar a comemoração porque seu filho não se comportou direito?


FONTE: Revista Crescer

03 dicas para adaptação no Maternal, creche e berçário


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Alguns pais precisam apenas de um lugar para deixá-lo, enquanto outros entendem que esse é o ambiente mais apropriado para os pequenos. Em resumo, os primeiros dias na creche costumam não ser fáceis. As mães ficam com o coração na mão e choram discretamente. A criançada abre o maior berreiro ao ver os adultos saírem pela porta.

01 - Peça fotos das crianças com os parentes, os animais de estimação e os brinquedos preferidos. É importante que elas encontrem objetos pessoais na escola. Isso dá a sensação de extensão de casa na instituição. Escolha um canto, coloque um tapete colorido de EVA no chão e espalhe almofadas e brinquedos devidamente identificados. Em paralelo, confeccione um painel com as fotos. Tire cópias coloridas e as fixe em cartolina. Por fim, coloque o mural na parede numa altura acessível ao grupo.

02 - Depois, corte ao meio folhas coloridas de tamanho A4 e cole as fotos em cada pedaço. Digite as legendas no computador e imprima em papel branco. Nelas, o nome das pessoas e a situação: 'Pedro com seus avós no parque'. Para garantir mais durabilidade, envolveu as folhas com plástico adesivo transparente. Com o furador, faça dois orifícios em todas as páginas e as una com barbante. Na capa, escreva "Eu e minha família". Como a intenção é deixar ao alcance da criançada, tome o cuidado de não usar grampeador nem fio de náilon para não causar machucados.

03 - Todos os dias, alguém chega com um brinquedo para juntar ao canto. Reúna a turma numa roda, faça a chamada e mostre o novo objeto. Conte quem trouxe e estimule o empréstimo, mas nem sempre você será atendida. Quem não quer compartilhar deve ser respeitado. Dessa maneira, fica entendido o que pertencia a quem. O mesmo acontece com a inserção de fotos inéditas, com destaque para o nome e as peculiaridades de cada família.

Não se esqueça: Para amenizar o sofrimento das famílias, é preciso mostrar que as crianças ficam bem na creche.

FONTE: Pra gente miúda.