sexta-feira, 14 de outubro de 2016

OS JOGOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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TIPOS DE JOGOS

O jogo não deve ser um dos aspectos dominantes na vida de uma criança, e sim, como fator de desenvolvimento por estimular a criança a pensar e fazer com que ela passe agir independentemente, nas escolhas e decisões. Para Chatean (1996, p. 82), “o jogo é uma pratica humana essencial, que contribui para a evolução do individuo estabelecendo relações de equilíbrio entre eles e realidade que o cerca.”.

Segundo lino de Marcedo (1995), in Piaget propõe que todos os jovens devem ser estruturados basicamente seguindo três formas: Exercício, símbolo e regras.  Livro propõe que, “embora essas três formas de jogo evoluam gradativamente no desenvolvimento da criança, todos os jogos contem características das três formas”.  Assim Tavares e Souza (1996, p.49-52), classificam os diversos tipos de jogos que são praticados em vários ambientes e em diversas formas:

Jogos Sensoriais: São jogos destinados aos estímulos dos sentidos humanos. O cérebro tem papel fundamental no processo perceptivo dos alunos, pois os sistemas sensoriais se processam nele. Trabalham também os sistemas sensoriais do tato, da audição e da visão. Estes jogos estão sujeitos a alterações conforme o desenvolvimento dos alunos, faixa etária, disponibilidade de materiais entre outros.

O jogo deve propiciar um clima de segurança, confiança e descontração onde os alunos se sintam a vontade. Deve se evitar qualquer tipo de situação que desvalorize o esforço e o desempenho dos alunos. Todo movimento envolve um elemento de consciência que percebido de algum tipo de estimulo sensorial. O desenvolvimento da percepção do individuo depende em parte da atividade motora. Todos os movimentos envolvem o uso de um ou mais sistema sensorial. Então, já que a percepção e habilidade motora estão sempre muito próximas, torna-se um ótimo jogo para se trabalhar na escola.                                  

Jogos de Representação: São os jogos que promovem o desenvolvimento da capacidade de expressão através da linguagem corporal.É um jogo onde o jogador interpreta um personagem com narrativa criado por ele mesmo. Nesse jogo, utiliza a inteligência , a imaginação, o diálogo para, em colaboração com os demais partícipes, buscar alternativas que procuram encontrar para o objetivo do jogo. O jogo é um trabalho a ser resolvido cooperativamente, e isso é algo que fascina o aluno. A proposta deste jogo é desenvolver a imaginação sem competições, mais resolvendo em conjunto determinadas situações estabelecidas pelo professor.

Jogos Cooperativos: Nos jogos cooperativos as regras são feitas ou criadas num ambiente restrito ou até mesmo de imediato. Geralmente, os jogos têm poucas regras e estas são simples. Pode envolver um jogador sozinho ou dois ou mais jogando cooperativamente. Os jogos devem ser disputados como uma forma de lazer, sem que os participantes enfoquem na competição a vitória como ponto essencial.
Segundo Schwartz (2002), “acriança é automotivada para qualquer prática, principalmente a lúdica, sendo que tendem a notar a importância de atividades para o seu desenvolvimento, assim sendo, favorece a procura pelo retorno e pela manutenção de determinadas atividades”. A criança não se importa se está indo bem ou mal em uma atividade, o que importa para ela é saber se está tendo prazer ou não em determinada atividade.

Para Orlick (1989). “O objetivo primordial dos jogos cooperativos é criar oportunidades para o aprendizado cooperativo e a interação cooperativa prazerosa”. Os jogos cooperativos são aqueles em que todos os grupos colaboram combinando as diferentes habilidades para conseguir um só objetivo comum, todos ganham ou todos perdem caso não consigam alcançar o objetivo proposto. Esses jogos transmitem e potenciam valores através do qual se estrutura um determinado tipo de pessoa, com relações entre os jogadores de uma forma que todos entendam o verdadeiro objetivo, que é a diversão e cooperação.

Os jogos cooperativos podem ser divididos em categorias que vem a facilitar o trabalho na escola, são: Jogos cooperativos sem perdedores: todos jogam com um desafio comum. Jogos de resultado coletivo: são jogos em que pode haver equipes, porém o resultado será comum a todas. Jogos de inversão: estes jogos promovem a noção de interdependência. Os participantes são levados a mudar de equipe conforme se desenvolve o jogo. Tipos de inversão: rodízio, goleador, placar, total. Jogos semi-coletivos: estes jogos são adaptações dos jogos esportivos e promovem a participação total dos jogadores, bem como a co-educação.

Jogos Populares: São aqueles conhecidos como jogos de rua, onde seus participantes podem ser alternados, decididos pelos próprios jogadores, com flexibilidade nas regras, e sem exigir recursos mais sofisticados, pois sua origem estar na cultura popular. O jogo popular é uma riqueza cultural grande que precisa ser conhecida e preservada. A cultura é vida e, compete-nos a todos mantê-la viva. Os jogos, como elemento da nossa cultura, têm de manterem-se vivos também e de fazer parte do nosso quotidiano, com um calendário próprio e adequado ao seu caráter e ao nosso quotidiano moderno.

Os jogos populares contribuem para o desenvolvimento da criança de várias formas, como na socialização, no resgate da cultura, e na inclusão e no incentivo às manifestações folclóricas que fazem que a criança aprenda mais sobre o saber popular a sua cultura nas escolas incentivam cada vez mais a educação e a cultura, que são os pilares que constituem o ponto de partida para a formação do individuo.

Jogos Coletivos: Segundo Kishimoto “o jogo coletivo é uma necessidade para a criança. O desejo de convivência, o instinto associativo, a vontade de fazer parte de um grupo, é força dinâmica da vida”.

Diante disso, é de muita importância para o desenvolvimento cultural do aluno, a vivência de brincadeiras e jogos, pois através deles será possível fazer uma reflexão da cultura corporal em que se vive. E durante as práticas de jogos os alunos podem se preparar para as tarefas que mais tarde a vida exigirá.

Para Mertens & Musch (1990),
Apresentam uma proposta para o ensino dos jogos coletivos, tomando como referência a ideia do jogo, no qual as situações de exercícios da técnica aparecem claramente nas situações táticas, simplificando o jogo formal para jogos reduzidos e relacionando situações de jogo com o jogo propriamente dito.

Essa forma de jogo deve preservar a autonomia dos praticantes, respeitando-se o jogo. Sendo assim, devem-se manter as estruturas de cada modalidade; a finalização, a criação de oportunidades para o drible, passe, e lançamentos nas ações ofensivas.



OS JOGOS COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA

Segundo os PCNs (1997, p. 64), “jogo é atividade de ocupação de espaço devem ter lugar de destaque nos conteúdos, pois permite que se amplie as possibilidades de se posicionar melhor e de compreender os próprios deslocamentos”. Transformando a realidade da escola em um ambiente agradável de estar e aprender mudando a pratica pedagógica, com atividades que valorizem a experiências e desejo dos alunos, utilizando jogos que crie oportunidade para o desenvolvimento físico, moral e intelectual.

Os jogos são utilizados como componente curricular por várias disciplinas, mas é na disciplina de Educação Física, que este, se destaca através da realização dos Jogos Esportivos. Fazendo um papel de destaque na Educação Física escolar. Para Castellani Filho (1998), “a Educação Física, enquanto disciplina curricular tem o objetivo de tratar pedagogicamente os conteúdos da cultura corporal e permitir aos alunos o conhecimento e a análise crítica desses conteúdos”.

Freire (1992), “afirma que se o contesto for significativo para o aluno, o jogo, como qualquer outro recurso pedagógico, tem conseqüência importante no desenvolvimento do aluno”. Para conseguir este desenvolvimento com o aluno certamente, os jogos, as atividades lúdicas e as brincadeiras parecem ter cada vez mais o seu lugar, entre as atividades.
                                                                                                                                              Paes (2001), afirma que: A função básica é assegurar a prática no processo ensino-aprendizagem, com seus objetivos voltados para uma atividade motivadora , reforçada pelos conteúdos desenvolvidos pedagogicamente, respeitando-se as fases do desenvolvimento humano.

Com isso o aluno passa por um processo fazendo, uma nova relação com a inteligência humana podendo contribuir para novos conhecimentos.
  


CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS PARA SEUS PARTICIPANTES

Os jogos contribuem muito na inclusão dos participantes dos jogos traz muito mais benefícios que um simples momento de diversão. Quando se alia os jogos a outras atividades que os estudantes realizam no dia-a-dia, o rendimento tende sempre a melhorar. Eles ganham mais disciplina e aprendem a respeitar os colegas.

De acordo com Jean Piaget (1975, p.84), “o jogo favorece um equilíbrio afetivo na medida em que é uma atividade pelo prazer e tem como finalidade a afirmação do eu Z”. Podemos perceber que, o prazer lúdico é uma expressão afetiva de toda aprendizagem que o jogo possa desenvolver. Segundo Schwartz (2000), “a dimensão lúdica e estética abre possibilidades para estimular a formação de indivíduos construtores ativos de suas culturas”. Mais para isso é necessário que o jogo seja utilizado de maneira que auxilie nas mudanças de atitudes, buscando e incentivando o que é necessário ao ser humano. Podendo favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando seus esforços, traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações e sabendo distinguir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os jogos oferecem numerosas situações nas quais as crianças podem enfrentar o ambiente social, aprendendo e experimentando novas formas de comportamento. As atividades recreativas não acontecem apenas na escola, sabemos que elas se desenvolvem em qualquer lugar, onde as crianças passam a conhecer melhor as suas habilidades, seja qual forem os jogos praticados.

Os jogos propõem a criança benefícios para a sua coordenação motora, além de desenvolver a afetividade no desenvolvimento dos praticantes, para buscar a autoconfiança e a iniciativa. Por tanto é necessário lembrar e valorizar nas crianças uma autoimagem positiva. Os jogos devem ser sempre incorporados ao cotidiano da criança constituindo um importante caminho para o crescimento pessoal e social da criança. Neste contexto, faz necessário afirmar que os jogos devem associar o corpo e emoção, na consciência, na busca do prazer.

Portanto, os jogos são muito importantes no cotidiano das crianças e devem ser transmitida de maneira espontânea e criativa, promovendo a elas um prazer e diminuindo tensão em seu meio de convivência.



FONTE: Joaquim Rangel Lucio da Penha- Graduado em Educação Física pela Universidade Estadual Vale do Acarau e Especialista em Educação Fisica Escolar pelas Faculdades Integradas de Patos.

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