TIPOS
DE JOGOS
O
jogo não deve ser um dos aspectos dominantes na vida de uma criança, e sim,
como fator de desenvolvimento por estimular a criança a pensar e fazer com que
ela passe agir independentemente, nas escolhas e decisões. Para Chatean (1996,
p. 82), “o jogo é uma pratica humana essencial, que contribui para a evolução
do individuo estabelecendo relações de equilíbrio entre eles e realidade que o
cerca.”.
Segundo
lino de Marcedo (1995), in Piaget propõe que todos os jovens devem ser
estruturados basicamente seguindo três formas: Exercício, símbolo e
regras. Livro propõe que, “embora essas
três formas de jogo evoluam gradativamente no desenvolvimento da criança, todos
os jogos contem características das três formas”. Assim Tavares e Souza (1996, p.49-52),
classificam os diversos tipos de jogos que são praticados em vários ambientes e
em diversas formas:
Jogos
Sensoriais: São jogos destinados aos estímulos dos sentidos humanos. O cérebro
tem papel fundamental no processo perceptivo dos alunos, pois os sistemas
sensoriais se processam nele. Trabalham também os sistemas sensoriais do tato,
da audição e da visão. Estes jogos estão sujeitos a alterações conforme o
desenvolvimento dos alunos, faixa etária, disponibilidade de materiais entre
outros.
O
jogo deve propiciar um clima de segurança, confiança e descontração onde os
alunos se sintam a vontade. Deve se evitar qualquer tipo de situação que
desvalorize o esforço e o desempenho dos alunos. Todo movimento envolve um
elemento de consciência que percebido de algum tipo de estimulo sensorial. O
desenvolvimento da percepção do individuo depende em parte da atividade motora.
Todos os movimentos envolvem o uso de um ou mais sistema sensorial. Então, já
que a percepção e habilidade motora estão sempre muito próximas, torna-se um
ótimo jogo para se trabalhar na escola.
Jogos
de Representação: São os jogos que promovem o desenvolvimento da capacidade de
expressão através da linguagem corporal.É um jogo onde o jogador interpreta um
personagem com narrativa criado por ele mesmo. Nesse jogo, utiliza a
inteligência , a imaginação, o diálogo para, em colaboração com os demais
partícipes, buscar alternativas que procuram encontrar para o objetivo do jogo.
O jogo é um trabalho a ser resolvido cooperativamente, e isso é algo que
fascina o aluno. A proposta deste jogo é desenvolver a imaginação sem
competições, mais resolvendo em conjunto determinadas situações estabelecidas
pelo professor.
Jogos
Cooperativos: Nos jogos cooperativos as regras são feitas ou criadas num
ambiente restrito ou até mesmo de imediato. Geralmente, os jogos têm poucas
regras e estas são simples. Pode envolver um jogador sozinho ou dois ou mais
jogando cooperativamente. Os jogos devem ser disputados como uma forma de
lazer, sem que os participantes enfoquem na competição a vitória como ponto
essencial.
Segundo
Schwartz (2002), “acriança é automotivada para qualquer prática, principalmente
a lúdica, sendo que tendem a notar a importância de atividades para o seu
desenvolvimento, assim sendo, favorece a procura pelo retorno e pela manutenção
de determinadas atividades”. A criança não se importa se está indo bem ou mal
em uma atividade, o que importa para ela é saber se está tendo prazer ou não em
determinada atividade.
Para
Orlick (1989). “O objetivo primordial dos jogos cooperativos é criar
oportunidades para o aprendizado cooperativo e a interação cooperativa
prazerosa”. Os jogos cooperativos são aqueles em que todos os grupos colaboram
combinando as diferentes habilidades para conseguir um só objetivo comum, todos
ganham ou todos perdem caso não consigam alcançar o objetivo proposto. Esses
jogos transmitem e potenciam valores através do qual se estrutura um
determinado tipo de pessoa, com relações entre os jogadores de uma forma que
todos entendam o verdadeiro objetivo, que é a diversão e cooperação.
Os
jogos cooperativos podem ser divididos em categorias que vem a facilitar o
trabalho na escola, são: Jogos cooperativos sem perdedores: todos jogam com um
desafio comum. Jogos de resultado coletivo: são jogos em que pode haver
equipes, porém o resultado será comum a todas. Jogos de inversão: estes jogos
promovem a noção de interdependência. Os participantes são levados a mudar de
equipe conforme se desenvolve o jogo. Tipos de inversão: rodízio, goleador,
placar, total. Jogos semi-coletivos: estes jogos são adaptações dos jogos
esportivos e promovem a participação total dos jogadores, bem como a
co-educação.
Jogos
Populares: São aqueles conhecidos como jogos de rua, onde seus participantes
podem ser alternados, decididos pelos próprios jogadores, com flexibilidade nas
regras, e sem exigir recursos mais sofisticados, pois sua origem estar na
cultura popular. O jogo popular é uma riqueza cultural grande que precisa ser
conhecida e preservada. A cultura é vida e, compete-nos a todos mantê-la viva.
Os jogos, como elemento da nossa cultura, têm de manterem-se vivos também e de
fazer parte do nosso quotidiano, com um calendário próprio e adequado ao seu
caráter e ao nosso quotidiano moderno.
Os
jogos populares contribuem para o desenvolvimento da criança de várias formas,
como na socialização, no resgate da cultura, e na inclusão e no incentivo às
manifestações folclóricas que fazem que a criança aprenda mais sobre o saber
popular a sua cultura nas escolas incentivam cada vez mais a educação e a
cultura, que são os pilares que constituem o ponto de partida para a formação
do individuo.
Jogos
Coletivos: Segundo Kishimoto “o jogo coletivo é uma necessidade para a criança.
O desejo de convivência, o instinto associativo, a vontade de fazer parte de um
grupo, é força dinâmica da vida”.
Diante
disso, é de muita importância para o desenvolvimento cultural do aluno, a
vivência de brincadeiras e jogos, pois através deles será possível fazer uma
reflexão da cultura corporal em que se vive. E durante as práticas de jogos os
alunos podem se preparar para as tarefas que mais tarde a vida exigirá.
Para
Mertens & Musch (1990),
Apresentam
uma proposta para o ensino dos jogos coletivos, tomando como referência a ideia
do jogo, no qual as situações de exercícios da técnica aparecem claramente nas
situações táticas, simplificando o jogo formal para jogos reduzidos e
relacionando situações de jogo com o jogo propriamente dito.
Essa
forma de jogo deve preservar a autonomia dos praticantes, respeitando-se o
jogo. Sendo assim, devem-se manter as estruturas de cada modalidade; a
finalização, a criação de oportunidades para o drible, passe, e lançamentos nas
ações ofensivas.
OS
JOGOS COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA
Segundo
os PCNs (1997, p. 64), “jogo é atividade de ocupação de espaço devem ter lugar
de destaque nos conteúdos, pois permite que se amplie as possibilidades de se
posicionar melhor e de compreender os próprios deslocamentos”. Transformando a
realidade da escola em um ambiente agradável de estar e aprender mudando a
pratica pedagógica, com atividades que valorizem a experiências e desejo dos
alunos, utilizando jogos que crie oportunidade para o desenvolvimento físico,
moral e intelectual.
Os
jogos são utilizados como componente curricular por várias disciplinas, mas é
na disciplina de Educação Física, que este, se destaca através da realização
dos Jogos Esportivos. Fazendo um papel de destaque na Educação Física escolar.
Para Castellani Filho (1998), “a Educação Física, enquanto disciplina
curricular tem o objetivo de tratar pedagogicamente os conteúdos da cultura
corporal e permitir aos alunos o conhecimento e a análise crítica desses
conteúdos”.
Freire
(1992), “afirma que se o contesto for significativo para o aluno, o jogo, como
qualquer outro recurso pedagógico, tem conseqüência importante no
desenvolvimento do aluno”. Para conseguir este desenvolvimento com o aluno
certamente, os jogos, as atividades lúdicas e as brincadeiras parecem ter cada
vez mais o seu lugar, entre as atividades.
Paes (2001), afirma que: A função básica é assegurar a prática no
processo ensino-aprendizagem, com seus objetivos voltados para uma atividade
motivadora , reforçada pelos conteúdos desenvolvidos pedagogicamente,
respeitando-se as fases do desenvolvimento humano.
Com
isso o aluno passa por um processo fazendo, uma nova relação com a inteligência
humana podendo contribuir para novos conhecimentos.
CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS PARA SEUS PARTICIPANTES
Os
jogos contribuem muito na inclusão dos participantes dos jogos traz muito mais
benefícios que um simples momento de diversão. Quando se alia os jogos a outras
atividades que os estudantes realizam no dia-a-dia, o rendimento tende sempre a
melhorar. Eles ganham mais disciplina e aprendem a respeitar os colegas.
De
acordo com Jean Piaget (1975, p.84), “o jogo favorece um equilíbrio afetivo na
medida em que é uma atividade pelo prazer e tem como finalidade a afirmação do
eu Z”. Podemos perceber que, o prazer lúdico é uma expressão afetiva de toda
aprendizagem que o jogo possa desenvolver. Segundo Schwartz (2000), “a dimensão
lúdica e estética abre possibilidades para estimular a formação de indivíduos
construtores ativos de suas culturas”. Mais para isso é necessário que o jogo
seja utilizado de maneira que auxilie nas mudanças de atitudes, buscando e
incentivando o que é necessário ao ser humano. Podendo favorecer a autonomia
dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando seus esforços,
traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações e sabendo distinguir
situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Os
jogos oferecem numerosas situações nas quais as crianças podem enfrentar o
ambiente social, aprendendo e experimentando novas formas de comportamento. As
atividades recreativas não acontecem apenas na escola, sabemos que elas se
desenvolvem em qualquer lugar, onde as crianças passam a conhecer melhor as
suas habilidades, seja qual forem os jogos praticados.
Os
jogos propõem a criança benefícios para a sua coordenação motora, além de
desenvolver a afetividade no desenvolvimento dos praticantes, para buscar a
autoconfiança e a iniciativa. Por tanto é necessário lembrar e valorizar nas
crianças uma autoimagem positiva. Os jogos devem ser sempre incorporados ao
cotidiano da criança constituindo um importante caminho para o crescimento
pessoal e social da criança. Neste contexto, faz necessário afirmar que os
jogos devem associar o corpo e emoção, na consciência, na busca do prazer.
Portanto,
os jogos são muito importantes no cotidiano das crianças e devem ser
transmitida de maneira espontânea e criativa, promovendo a elas um prazer e
diminuindo tensão em seu meio de convivência.
FONTE:
Joaquim Rangel Lucio da Penha- Graduado em Educação Física pela Universidade
Estadual Vale do Acarau e Especialista em Educação Fisica Escolar pelas
Faculdades Integradas de Patos.
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