sexta-feira, 25 de março de 2016

O que é dislexia?


Nome complicado mesmo, mas bastante conhecido nas escolas.
Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem que complica a capacidade de ler e escrever. É um distúrbio neurológico, de transmissão genética. A criança diagnosticada com dislexia tem capacidade intelectual normal ou acima da média, mas não consegue adquirir as ou desempenhar de forma satisfatórias as habilidades de leitura e escrita.O DSM IV classifica dislexia como um comprometimento acentuado no desenvolvimento das habilidades de reconhecimento das palavras e compreensão da leitura.
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de 0,5% a 17% da população mundial, se tornando evidente por volta dos 6 ou 7 anos e pode persistir na vida adulta. Estudos feitos no Brasil, em 2004 encontraram prevalência da dislexia de 12,1% nas 4 escolas particulares avaliadas, sem ser encontrada uma prevalência maior em meninos ou meninas, porém, 100% dos meninos que recebem o gene desenvolverão a dificuldade, conquanto que 65 % das meninas que recebem o gene desenvolverão a dislexia.
A leitura no disléxico se apresenta de forma lentificada, com omissões, distorções e substituições de palavras. A compreensão do que foi lido também é afetada.
Os sintomas variarão de acordo com o grau do transtorno, mas geralmente apresentam as seguintes dificuldades:
1)de entendimento do texto escrito;
2)para ler, escrever e soletrar.
3) para de identificar fonemas, associá-los às letras e reconhecer rimas e aliterações;
4) para decorar a tabuada, reconhecer símbolos e conceitos matemáticos (discalculia);
5) ortográficas: troca de letras (p/q, b/d, letras com sons semelhantes b/p, d/t, g/j), inversão (par/pra, alta/lata), omissão (cavalo/caalo) ou acréscimo de letras (bela/berla), repetição de sílabas ou palavras (bolo de chococolate) e sílabas (disgrafia);
6)fragmentação (querojo garbola/ quero jogar bola);
7) de organização temporal e espacial e coordenação motora.
O diagnóstico é feito por equipe multidisciplinar composta de neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos entre outros, inicialmente descartando-se problemas de visão e de audição.
O tratamento se dá pela reeducação da linguagem escrita, com acompanhamento feito principalmente por psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo. Pais escola e criança são orientados durante o processo. Com o devido acompanhamento e de acordo com seu grau de dificuldade o disléxico pode chegar a universidade se quiser, porém, pode precisar de maior empenho ao estudar.

Atualmente muitos pais tem pressa que as crianças adquiram logo a capacidade de leitura e escrita, mas tudo tem seu tempo, maturação e suporte escolar necessário. Obviamente que ao aprender ler e escrever todas as crianças cometem erros que são plenamente esperados. Os pais e a escola devem acompanhar de perto este processo e em caso de dúvida procurar o auxílio de um especialista.
TEXTO FORNECIDO PELA NOSSA COLABORADORA VIVIAN CAMILA

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